No blogue Corta-fitas, Pedro Correia elencou as 7 pragas lisboetas: carros, lixo, ruínas, pichagens, descargas, jardins e esterco. A propósito desse texto, Francisco José Viegas, n'A Origem das Espécies, resolveu comentar as 7 pragas e sobre o lixo escreveu: Lixo acumulado? Bah. Os bairros de Lisboa, quando está sem chover por mais de um mês, são um contentor de lixo, detritos empurrados pelo vento, matéria suja ou orgânica deitada para a rua pelos queridos munícipes e pelas obras que nunca páram e ocupam a via pública como se todos tivessem de suportar a massa do cimento. No final, concluiu Lisboa está suja porque Lisboa é suja ou porque os lisboetas a sujam?
Em 1.º lugar, antes fossem pragas exclusivamente lisboetas. Elas são pragas de qualquer cidade portuguesa, umas mais que outras. Escuso de indicar nomes.
Relativamente ao lixo acumulado, é necessário mais civismo, mas também um melhor desempenho (e uma maior motivação) dos elementos responsáveis pela limpeza das cidades portuguesas.
A chuva não resolve o problema. E o que resolve, em Lisboa, vai parar ao rio Tejo (admirei-me não ver a poluição das águas do Tejo como uma praga).
E a poluição do ar? O Expresso revelava, segundo dados de 2005 da Agência Portuguesa do Ambiente, que existem 15 cidades portuguesas que excedem os limites legais de poluição atmosférica. Entre essas cidades, estão Lisboa, Guimarães, Espinho, Porto e Braga.
Quanto à conclusão, infelizmente, não são só os lisboetas a sujar Lisboa. Quanto não a sujam os visitantes de Lisboa?
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