Os livros de Carl Sagan são oportunidades para descobrirmos um pouco mais o nosso Mundo. É um dos meus autores preferidos. Confesso que não segui regularmente a série "Cosmos" na televisão, mas mais tarde, com outra formação, li o livro, interessadamente. Também "Os dragões do Éden" e "Biliões e Biliões" me marcaram. Agora, descubro, no blogue De Rerum Natura, que um livro póstumo de Carl Sagan acaba de sair em Portugal, editado pela Gradiva, com o título “As Variedades da Experiência Científica. Uma Visão Pessoal da Procura de Deus” (organização de Ann Druyan).
Eis um trecho, extraído do final do primeiro capítulo, do novo livro de Carl Sagan: “Será que tentar perceber de alguma maneira o universo revela uma certa falta de humildade? Creio que é verdade que a humildade é a única resposta adequada perante o universo, mas não uma humildade que nos impeça de procurar descobrir a natureza do universo que estamos a admirar. Se procurarmos essa natureza, então o amor pode ser inspirado pela verdade, em vez de se basear na ignorância ou na auto-ilusão. Se existe um Deus criador, será que Ele ou Ela ou Isso ou seja qual for o pronome apropriado preferiria uma espécie de cepo embrutecido que o adorasse sem nada compreender? Ou preferiria que os seus devotos admirassem o universo real em toda a sua complexidade? Quanto a mim, parece-me a ciência é, pelo menos parcialmente, adoração informada. A minha crença mais profunda é que, se existe um deus vagamente do género tradicional, então a nossa curiosidade e inteligência provêm desse deus. Não saberíamos apreciar esses dons se reprimíssemos a nossa vontade de nos explorarmos a nós próprios e ao universo”.
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