A atleta norte-americana Marion Jones entregou as três medalhas de ouro e as duas de bronze que conquistou durante os Jogos Olímpicos de Sydney 2000, depois de admitir ter usado um esteróide na preparação para essas olimpíadas.
Jones admitiu que usou tetrahidrogestrinona (THG), um esteróide sintético desenvolvido pela BALCO (Bay Area Laboratory Co-Operative), empresa californiana produtora de suplementos nutricionais que esteve na origem do maior escândalo de doping no atletismo dos EUA.
A THG foi indetectável pelos laboratórios antidopagem até 2003, altura em que Graham enviou, de forma anónima, uma amostra para a Agência Antidoping dos EUA (USADA), denunciando a BALCO. A reanálise de amostras de urina armazenadas levou à punição de vários atletas conhecidos, entre os quais Regina Jacobs, recordista e bicampeã mundial dos 1500 metros em pista coberta. A colaboração com outras autoridades federais levou à descoberta de mais crimes cometidos por membros da BALCO e as provas desse inquérito permitiram penalizar atletas sem que estes tenham registado testes positivos, algo inédito.
Com esta história confirma-se que o doping é um negócio secreto. Cria-se uma nova droga, que não é detectada pelos métodos analíticos existentes. Enquanto o silêncio durar, o doping não é descoberto. Só quando alguém revela a substância, se pode arranjar um método para a detectar e, posteriormente, descobrir os casos de doping com essa substância.
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