No início de Abril, na última página do Público, tive oportunidade de ler a questão pertinente que Pedro Lomba lançou num artigo de opinião intitulado "O país político e o resto": “Qual a razão para os jornais e televisões domésticas estarem cheios de políticos em funções, deputados, antigos ministros, fazendo o papel de comentadores interessados, de jogadores e até de árbitros ou de pretensos observadores externos de um meio em que os próprios estão ou acabaram de estar profissionalmente envolvidos?”
Quando acabei de ler o referido artigo, e depois de meditar por uns minutos, tive vontade de responder a essa questão (pois Pedro Lomba admitia não saber a resposta...) num texto que enviaria ao Público. Contudo, acabei por não avançar por acreditar que o jornal não publicaria tal resposta (curiosamente, Pedro Lomba olha para a RTP e para a SIC, mas não olha para o próprio jornal Público, agora com as colaborações dos políticos Francisco Assis e Paulo Rangel).
Hoje encontrei uma referência na blogosfera à questão, em que a resposta que o autor do blogue dá é porque "lhes pagam [aos políticos]" e porque "convém aos patrões dos media ter ao seu serviço um grupo de políticos arregimentados e pagos". Concordo, mas eu iria mais longe. Os patrões dos media esperam tirar proveito da aposta em determinados políticos (e não me refiro às audiências). Além disso, os políticos precisam de fazer, constantemente, propaganda. Algumas páginas dos jornais e alguns programas de televisão transformaram-se em autênticos comícios!
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