Recentemente, folheei o livro escrito por António Spínola, em 1974, intitulado “Portugal e o futuro” que me tinha sido oferecido, com outros livros antigos, por um familiar. Confesso que não tenciono ler, na íntegra, o livro, mas li com interesse o “Intróito”. Eis um excerto: Todavia, verifica-se hoje uma verdadeira inflação editorial. Publica-se tudo. (…) Quando se assiste no mundo inteiro à violação das consciências reduzidas à fixação de slogans [e] se observa a crescente alienação dos seres humanos perante os manipuladores de massas (…), então é lícito duvidar-se do interesse no debate de ideias, tornado inconsequente pela falta de eco em sociedades cada vez mais vazias e menos capazes de fruir os direitos (…). Perante essa limitação do sentido crítico, hoje extremamente facilitada pelo controlo da informação, as razões para que se publique um livro terão de ser suficientemente ponderosas (…).
Isto foi escrito em 1974.
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