No Público de hoje:
Sem ele, não estaríamos cá, é simples. Mas nem o ar é todo feito de oxigénio, nem sempre soubemos que existia tal elemento. O químico inglês Joseph Priestley descobriu-o a 1 de Agosto de 1774, com a ajuda do Sol. Sim, da nossa estrela. Utilizou uma lente para focar a luz solar num frasco com óxido de mercúrio, que assim permitiu a formação de um gás gerador de vida. O oxigénio, pois claro. No entanto, esta descoberta não é de um homem só, como tantas vezes acontece em ciência. "Priestley talvez seja visto como a "última" pessoa a descobrir o oxigénio, pois houve outros que relataram a sua preparação, mas não compreenderam que se tratava de um elemento. O químico sueco Karl Sheele descobriu o oxigénio dois anos antes de Priestley, mas atrasos nas suas publicações privaram-no da devida prioridade", conta o químico Peter Atkins, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, no livro O Reino dos Elementos - Uma Viagem através do País dos Elementos Químicos (editora Rocco). "Como acontece quando se descobrem terras, a última pessoa a "descobrir" a região é aquela cujo nome vai ser lembrado pela posteridade." Quem baptizou o novo elemento foi o químico francês Antoine Lavoisier, em 1777. Só que o nome, do grego oxys, que significa "ácido", resulta de um erro. "Quando Lavoisier lhe atribuiu o nome, era comum acreditar-se que seria um constituinte universal dos ácidos ", remata Peter Atkins. T.F.
Sem comentários:
Enviar um comentário