1. A Empresa Municipal de Habitação de Braga paga um ordenado médio mensal superior a dois mil euros a cada um dos seus 11 funcionários. Este valor não inclui eventuais suplementos por turnos, nem horas extraordinárias nem ajudas de custo nem os encargos obrigatórios com a Segurança Social. Esta empresa tem um passivo acumulado de 1,5 milhões de euros.
2. Theatro Circo. Era uma empresa municipal agora é uma sociedade anónima, detida a 100% pela Câmara. Os 21 colaboradores auferem remunerações médias mensais superiores a 1.800 euros. O financiamento camarário anual ronda os 950 mil euros. O Theatro Circo, que acumula um passivo de quase 1,2 milhões de euros, gasta cerca de 50 por cento do seu orçamento com encargos com o pessoal.
3. O Parque de Exposições de Braga (PEB) paga aos seus trabalhadores quase 600 euros a mais que o valor do ordenado mensal que recebe cada funcionário que trabalha na Câmara Municipal. O salário base mensal médio é de 1.496 euros. Ainda assim, os custos com o pessoal traduzem uma redução de 10 por cento face ao último exercício da gestão de Jorge Cruz, como presidente desta empresa municipal. No entanto, a passagem de Miguel Corais para o lugar anteriormente ocupado por Cruz coincidiu com um aumento de 50 por cento dos vencimentos dos administradores.
4. Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) tiveram de afectar 5,8 milhões de euros para cobrir os vencimentos base dos seus 332 funcionários. Os três (!) administradores custam 131.824 euros em salários.
5. AGERE. A empresa municipal que a Câmara de Braga privatizou 49 por cento do capital social e é a única que dá lucros. Em média, cada funcionário (são 597) teve um rendimento anual inferior a 13 mil euros, tendo auferido uma remuneração média mensal base de 924 euros. Nuno Ribeiro foi até Novembro o único administrador da Agere, uma vez que o actual presidente do conselho de administração apenas assumiu o cargo em Novembro. Mas as contas revelam que os gestores custaram, em 2009, quase 81 mil euros, o que colocou os custo mensal dos administradores nos 6.750 euros.
(retirado do Má despesa pública; dados de 2009)
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