sexta-feira, 9 de maio de 2008

Fidalgo esclarece situação de Maia e Brenha

A propósito da notícia incorrecta de que Maia e Brenha "estariam mais longe de Pequim 2008", o treinador da dupla espinhense, Francisco Fidalgo, resolveu prestar uns esclarecimentos no sítio da FPV. Aqui ficam alguns destaques:
1 - A classificação [no Open de Xangai] não foi decepcionante face às condições de participação: os atletas foram praticamente sem treinos na praia para o outro lado do mundo, poucos dias depois de terminarem o desgastante Play-off do Campeonato Nacional, unicamente para aproveitarem o facto de estarem no Quadro Principal. Caso contrário, nem teriam ido, como sucede esta semana em que se optou por treinar bastante no sentido de acelerar a adaptação, e não viajar para disputar a difícil qualificação no Open de Praga.
2 - O Circuito Mundial conta com provas semanais em diversos locais do mundo e é necessária uma boa gestão da preparação e recuperação dos atletas no sentido de garantir as melhores condições de participação. Até porque a entrada directa, sem jogar a qualificação, no Quadro Principal é em função das pontuações obtidas nas 5 últimas participações, logo quando acontece uma má classificação essa terá consequências nas participações seguintes.
3 - O ranking olímpico é constituído pelos 8 melhores pontuações conseguidas nos 2 anos de qualificação. Maia e Brenha somam nesse ranking 1460 pontos, resultados de dois 9.º lugares, três 13.º, e três 17.º (uma das quais numa prova de maior pontuação – Campeonato do Mundo, superior à de 13.º dos Opens normais). Isto significa que, para a dupla portuguesa, apenas classificações superiores a 17.º serão contabilizáveis para esse ranking a partir de agora, excepto se obtidos em Grand Slam.
4 - A título de exemplo, se Maia/ Brenha obtiverem uma classificação de 9.º num Grand Slam, ou duas em Open, ultrapassarão as duas duplas que os precedem. Isto claro se nenhuma delas ou mesmo outra alcançarem também classificações que melhorem o próprio ranking, o que também depende obviamente das pontuações que essas equipas tenham obtido anteriormente. Este exemplo reforça a convicção de que a luta pela qualificação, em que cerca de 12 duplas separadas por 500 pontos disputam 4 ou 5 vagas, vai ser mesmo até ao fim. Uma pontuação alta na última prova poderá determinar, a um mês dos Jogos, que uma dupla ocupe o lugar de outra. Os avanços e recuos nestes pouco mais de dois meses acontecerão certamente. Maia e Brenha sabem bem disso e assumiram este processo bem conscientes das dificuldades e do desafio que enfrentam.

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