Faz, no dia 20 de Março deste ano, 200 anos que Braga (será a data assinalada nesta cidade?) foi invadida pelas tropas de Napoleão. Pelos vistos, 2000 soldados e "uma multidão armada de piques e chuços", do lado português, tentaram impedir a passagem, na Falperra, no Carvalho d' Éste e na Ponte do Porto, de 24 mil franceses. A desproporção era tal que os portugueses pagaram com a vida o excesso de patriotismo. Os franceses entraram na cidade de Braga, tendo roubado e saqueado casas particulares e igrejas.
O que é incrível em toda esta história é que os portugueses eram tão poucos, mas mesmo assim, na véspera da batalha, trataram de eliminar uns quantos por suposta traição (a prudência vista como uma traição): "a amotinação infrene da plebe, que na retirada de Salamonde prendeu, no dia 17, Bernardim Freire d'Andrade, General commandante em chefe, e depois de muitos insultos, tomando como traição os seus fundados receios de acceitar ao inimigo um combate com meios tão fracos e desproporcionados, conduziu-o a Braga, onde, junto ao Aljube, cobardemente o assassinou, e o mesmo fez pouco depois ao Tenente-Coronel de Engenheiros Custodio José de Villas Boas, Quartel mestre General do exercito do Norte e que se tinha refugiado no Mosteiro de Tibães" (informação retirada de uma referência citada no Idolátrica).
Curiosamente, amanhã, no futebol, o Sp. Braga receberá o Paris Saint German. Desta vez está só em jogo a continuidade na Taça UEFA e quer portugueses quer franceses vão comportar-se de uma forma pacífica e civilizada (assim espero). O futebol é um bom substituto para a guerra.
1 comentário:
Não entendo a razão de esta data ter sido esquecida pelos bracarenses. Afinal deveriam ter um grande orgulho nos seus avós tão corajosos.
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