segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Bares na praia de Espinho


Imbecis, doidos, palermas, pelintras. Estes são alguns dos vitupérios que tenho ouvido de gente amiga e conhecida com quem convivo e de desconhecidos com quem me cruzo. Perplexos, olham para as mais de 40 estacas travestidas de sapatas em betão, cravadas junto do tubo de captação de água do mar que abastece a piscina Solário Atlântico e a sua talassoterapia, e duvidam da existência do bom senso, uma vez que a praia, que já não era grande, ficou reduzida com uma avenida acrescentada em honra de heróis do vólei e agora ainda querem torná-la mais pequena com este e outros bares. Incrédulos, observam o evoluir de uma obra que, apostam, é para enterrar dinheiro porque o mar joga em casa, conhece-lhe os cantos e sabe muito bem o que lhe pertence. Cínicos, apostam que a obra é excelente para proteger a piscina das marés vivas e que cada um é livre de enterrar o dinheiro que quiser, até porque Espinho não é diferente de outras terras lusas férteis em cenas do tipo fartar vilanagem. Simplesmente lamentável. (com a devida vénia ao Ondas3)

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