França surpreende no Mundial Feminino

O Mundial de voleibol feminino, que decorre na Tailândia, entrou na fase de eliminatórias e já estão definidos 3 jogos dos quartos de final. A França, liderada por Cazaute e Rotar, foi a grande surpresa dos oitavos de final ao bater a China por 3-1.  Os Países Baixos aproveitaram a ausência de Boskovic para derrotar a Sérvia, por 3-2, o mesmo resultado do Polónia - Bélgica. Japão e Itália bateram com relativa facilidade a seleção da casa, Tailândia, e a Alemanha, respetivamente. Hoje, o Brasil, apesar de começar com a mão esquerda (perdeu o 1.o set), ultrapassou a Rep. Dominicana (3-1).

Assim, os quartos de final já definidos são:

Países Baixos-Japão

Polónia-Itália

Brasil-França. 

Amanhã ficará definido o último jogo desta fase, em que tudo aponta para um Estados Unidos da América-Turquia. 

Aventuras de João Sem Medo

João Sem Medo vivia em Chora-Que-Logo-Bebes, exígua aldeia aninhada perto do Muro construído em redor da Floresta Branca, uma espécie de Parque de Reserva de Entes Fantásticos.

Os choraquelogobebenses não se atreviam a devassar a Floresta e, com excepção do João Sem Medo, choravam de manhã à noite. 

Ora um dia, João Sem Medo, farto de tanta chorinquice, decidiu saltar o Muro, onde alguém escrevera este aviso: É proibido a entrada a quem não andar espantado de existir, e embrenhar-se na Floresta.

Ao fim de breves minutos de percurso, João Sem Medo foi agarrado por um velho sobreiro com dez troncos em forma de braços humanos e cinquenta galhos curvos como garras que resolveu jogar voleibol com ele. Durante quilómetros, no meio do entusiasmo do público, das pedras e das gargalhadas vegetais dos jogadores, o corpo do rapaz passou de árvore em árvore como uma estranha bola de carne e osso. A tortura só terminou quando o treinador, escondido no vento, deliberou:

- Por hoje, basta de treino. Deitem a bola fora e toca para o duche.

As árvores obedeceram prontamente, arrojaram o corpo do João Sem Medo para o chão e despiram as camisolas de casca e as cuecas de cortiça para se deliciarem com um banho que as nuvens generosas se apressuraram a verter no Balneário do Vale.

Excerto adaptado, sem IA, de Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira. Descubram as diferenças relativamente ao original. 

Polónia volta a vencer a VNL

Depois de vencer o Brasil, por 3-0, a Polónia, seleção que contou com Leon, Kochanowski, Semeniuk, Fornal e Sasak em grande forma, não deu qualquer hipótese à Itália, que tinha vencido a Eslovénia (3-1), de discutir a final. Vitória categórica dos polacos por 3-0 (não consentiram um único set aos seus oponentes, nesta fase final, disputada na China), que voltam a vencer a Liga das Nações (esta competição arrancou em 2018, substituindo a Liga Mundial) depois de terem vencido em 2023. Num honroso 3.o lugar ficou o Brasil, após bater a Eslovénia por 3-1.

Brasil-Polónia, o grande jogo das semifinais da VNL

Surpreendentemente, ou não, os EUA nem integram as 8 seleções masculinas que disputam por esta altura a fase final da VNL, na China. Nos quartos de final, a França, vencedora da VNL 2024, foi afastada, com estrondo, pela Eslovénia (1-3), o Brasil sofreu para superar a China (3-1), tal como a Itália frente a Cuba (3-1). A Polónia afastou o Japão pela margem máxima, num fantástico jogo de voleibol.

Assim, nas semifinais da VNL haverá um escaldante Brasil-Polónia e um não menos escaldante Itália-Eslovénia. 

Pedrosa/Campos ficaram perto dos oitavos de final do Euro

Depois de uma estreia aziaga no Europeu, na Alemanha, com derrota frente à dupla da casa, os irmãos Sagstetter (0-2), a dupla Pedrosa/Campos, única representante de Portugal no Europeu, conseguiu apurar-se para a ronda de 24 duplas, após vitória sobre uma duplã letã (2-1). Nesta ronda, os portugueses defrontaram a dupla neerlandesa, Brouwer/van de Velde, tendo sido derrotados na negra por 17-19. Estiveram pois perto dos oitavos de final do Euro 2025, terminando assim em 17.o lugar. 

Italianas triunfam na VNL

Itália e Brasil atingiram a final da Liga das Nações em voleibol (VNL) , disputada em Lodz, na Polónia. As brasileiras começaram bem, vencendo o 1.o set, mas a resposta transalpina foi demolidora, vencendo por 3-1.

Nos quartos de final, Itália e Brasil venceram os EUA e a Alemanha, respetivamente, pela margem máxima. Nesta fase, a Turquia foi batida pelo Japão (3-2), o mesmo resultado obtido pela Polónia para avançar frente à China. 

Nas semifinais, o Brasil só na negra superou o Japão, enquanto a Itália venceu a Polónia, por 3-0.

No jogo de atribuição do 3.o lugar, a Polónia levou a melhor sobre o Japão (3-1).

Um olhar sobre a Fase final da Taça das Nações, em Espinho

A Alemanha, em femininos (nas fotos, as duplas alemãs frente às duplas espanholas, na semifinal), e a Noruega, em masculinos, venceram a Taça das Nações 2025, em Espinho. A Alemanha superou, na final, a Ucrânia, com vitórias somadas pelas duas duplas alemãs. Já a final masculina foi um verdadeiro teste de nervos. A Noruega precisou do set de ouro para assegurar o triunfo, após perder o 1.º jogo (0-2) e vencer o 2.º jogo por lesão de van de Velde. No set de ouro, Anders Mol/Berntsen ultrapassaram Boermans/Brouwer, por 15-12. 

Portugal, quer em femininos (representado pelas duplas Paquete/Lacerda e Maia/Coelho) quer em masculinos (Pedrosa/Campos e Sousa/Sousa), apurou-se para a 1.ª fase eliminatória, superando na fase de grupos a Estónia e a Dinamarca, respetivamente. Contudo, Portugal acabaria por ser eliminado pelos Países Baixos, em femininos, e pela Espanha, em masculinos (após derrota por 2-0, seguiu-se nova derrota por 2-1, com as duplas principais dos dois países, em ambos os casos).

O tempo esteve fabuloso para a prática de voleibol de praia e a animação, com muita música e boa disposição, esteve sempre presente. Fica na memória esta tirada, quando o árbitro assinalou uma falta por dois toques de um jogador: "se fosse à hora de almoço era um bitoque".

O torneio ficou também marcado por dois episódios, envolvendo o árbitro português Rui Carvalho. No último jogo da fase de grupos frente às alemãs Ittlinger/Grune, a dupla francesa Placete/Richard perdeu o controlo emocional, após decisões polémicas do árbitro, acabando por ceder no 2.º set por um inusitado 21-4. No final, com lágrimas nos olhos, as francesas acabariam consoladas pelas próprias adversárias, num gesto de grande desportivismo.

Na final masculina, no 1.º jogo, após um falhanço no ataque, Hendrik Mol rasgou a própria camisola, num gesto brusco. O árbitro principal, Rui Carvalho, não se apercebeu da situação e deixou o jogo seguir. Só na troca de campo e após alerta do 2.º árbitro é que o árbitro principal mostrou o cartão vermelho. Foi a 1.ª vez que vi um jogador fazer uma falta (pelos vistos, merecedora de cartão vermelho) e só depois de algumas jogadas ser admoestado. 

A 1.ª etapa Challenge do Beach Pro Tour 2025

A dupla portuguesa Pedrosa/Campos garantiu um lugar no quadro principal da 1.a etapa Challenge do Beach Pro Tour 2025, em voleibol de praia, que se realiza em Yucatan, no México. A competição tem início na próxima 4.ª f , dia 19, com a fase de qualificação, estando a estreia da dupla portuguesa marcada para 5.ª f. O torneio principal reúne 32 duplas e tem os cubanos Diaz/Alayo, como cabeças de série. Os resultados da 1.ª etapa Challenge podem ser consultados aqui. Na semana seguinte, o México acolherá também a 1.ª etapa da Elite 16. Este ano, Portugal não receberá nenhuma etapa deste circuito mundial de voleibol de praia. Para acompanhar todas as novidades e informações do Beach Pro Tour 2025, consulte aqui. O Beach Pro Tour promete ter uma temporada emocionante, com novas duplas em ação e eventos em vários locais do Mundo. 

Espinho acolhe fase final da Taça das Nações em voleibol de praia

Em 2025, Espinho será palco de um grande evento de voleibol de praia: a fase final da Taça das Nações Europeias em voleibol de praia, sob a égide da Confederação Europeia de Voleibol (CEV).  O evento, que decorrerá de 17 a 20 de julho, substitui a habitual etapa do Beach Pro Tour. A Taça das Nações Europeias é uma competição de grande prestígio, que em 2024 serviu para a qualificação da última dupla em masculinos e femininos a participar nos Jogos Olímpicos de Paris (Portugal atingiu as semifinais, sendo afastado pela França).

A fase final da Taça das Nações contará com 8 seleções europeias masculinas e 8 femininas. Portugal, como país anfitrião, tem lugar garantido em ambas as competições, juntando-se a outras 7 seleções apuradas numa fase preliminar. Cada seleção será representada por 2 duplas e cada dupla enfrentará uma dupla da seleção oponente. Se as duas duplas de uma seleção vencerem os seus jogos, essa seleção será a vencedora da eliminatória. Caso cada seleção arrecade uma vitória, haverá um set de ouro até aos 15 pontos, disputado entre as melhores duplas dessas seleções, para definir a seleção vencedora.

Sada Cruzeiro sagra-se campeão mundial de clubes

O Sada Cruzeiro surpreendeu o mundo do voleibol ao vencer o Trentino, por 3-1, na final do Campeonato Mundial de Clubes, disputado em Uberlândia, no Brasil. Depois de estar à beira da eliminação na fase de grupos, ao perder com a equipa iraniana do Shahdab Yazd (1-3), na 2.ª jornada, o Sada Cruzeiro precisou da ajuda, na 3.ª jornada, dos argentinos do Ciudade Voley (vitória por 3-1, frente aos iranianos) e de uma vitória arrancada a ferros sobre o Trentino, por 3-2, para passar às semifinais. Com tal fortuna, a equipa brasileira ficou empolgada e venceu facilmente na semifinal a outra equipa iraniana presente neste Campeonato, o Foolad Sirjan, por 3-1. Wallace (37 anos), Vaccari, Rodriguinho, os centrais Lucas e Otávio, o líbero, Alexandre, e o distribuidor, Matheus, formaram a equipa campeã, liderada pelo treinador Filipe Ferraz, que esteve nas 5 conquistas mundiais do Sada Cruzeiro (3, como jogador, e 2 como treinador).

O 3.º lugar foi conquistado, com surpresa, pela equipa iraniana do Foolad Sirjan, ao vencer no derradeiro jogo o Lube Civitanova, por 3-2, com parciais muito renhidos que culminaram num 19-17, no 5.º set, após 3 bolas de jogo para a equipa italiana.

A partir da próxima 3.ª f, a atenção centra-se, na China, no Campeonato Mundial de Clubes, em femininos, com duas equipas italianas, duas brasileiras, uma chinesa, uma egípcia, uma vietnamita e uma japonesa. Os resultados podem ser acompanhados aqui.

EuroBeachVolley com dupla portuguesa

Depois dos JO de Paris, disputou-se entre terça-feira e hoje o EuroBeachVolley, o Campeonato da Europa de voleibol de praia, em 3 cidades neerlandesas. Das duplas que subiram ao pódio em Paris, só os alemães Ehlers/Wickler (medalhados com prata) participaram neste Euro e eram os grandes favoritos à vitória final. Na realidade, Ehlers/Wickler atingiram hoje a final, mas foram surpreendidos pela dupla letã Plavins (39 anos, 4.o classificado em Tóquio 2020)/Fokerots (1-2, com 5-15 no 3.o set). Na competição feminina, as alemãs Muller/Tilmann sagraram-se campeãs europeias, ao bater as italianas Gottardi/Menegatti (2-1).

Portugal esteve representado por Pedrosa/Campos neste Euro, tendo sido derrotado por lituanos, polacos e neerlandeses. 

Breve balanço dos Jogos Olímpicos de Paris

Terminaram hoje os Jogos Olímpicos de Paris, com uma cerimónia de encerramento fantástica, tal como tinha sido a cerimónia de abertura, marcada por momentos musicais inolvidáveis. Depois da versão fabulosa de “Imagine”, de John Lennon, do “Hymne a l’Amour”, interpretado por Céline Dion, hoje foi a vez de Phoenix e Kavinsky trazerem a boa música eletrónica para a festa. 

Portugal conseguiu pela 1.a vez na sua história uma medalha de ouro olímpica numa competição por equipas. Foi no ciclismo de pista, em madison, e os autores da proeza foram Iúri Leitão e Rui Oliveira. Como todos os atletas portugueses deram o seu melhor, estão todos de parabéns, não só os medalhados. 

No voleibol de praia, o campo e o estádio imponente, com a Torre Eiffel em pano de fundo, deram um grande destaque à modalidade, para além da competição empolgante e das jogadas e pontos incríveis. As medalhas de ouro foram, sem surpresa, para os suecos Ahmann/Helvig e para as brasileiras Ana Patrícia/Duda. Os suecos, na fase de grupos, perderam dois jogos, frente ao Qatar e a Itália (ambos por 2-1), mas na fase de eliminatórias estiveram irrepreensíveis, terminando na final com uma vitória fácil sobre os alemães Ehlers/Wickler. Os noruegueses Mol/Sorum acabariam por assegurar a medalha de bronze (2-0, frente a Qatar) , apesar do desgosto na escaldante e espetacular semifinal frente aos alemães (Ehlers/Wickler pediram com sucesso o último challenge, por falta de Mol na rede, na ação de bloco, com o pé! para atingirem o 15-13 na negra). Na competição feminina, a final entre as brasileiras e as canadianas Melissa/Brandie teve um momento tenso, quando Ana Patrícia e Brandie trocaram umas palavras pouco meigas na parte final da negra. O 2.o árbitro meteu-se entre as duas atletas no centro da rede, mas foi a música “Imagine” que ecoou no estádio que trouxe a moderação, o sorriso e as palmas a todos.

No voleibol, França e Itália subiram ao lugar mais alto do pódio, com as transalpinas a estrearem-se no pódio olímpico (até fui confirmar!) e a França a repetir Tóquio 2020 (2021). Houve grandes embates, como os incertos 3-2 de França-Alemanha e Itália-Japão, nos quartos de final masculinos, depois de França e Itália estarem a perder por 0-2, e de Polónia-EUA, nas semifinais. Curiosamente, EUA e Itália encontraram-se na final feminina e no jogo de atribuição da medalha de bronze nos masculinos. Houve uma vitória para cada lado. O Brasil garantiu a medalha de bronze no feminino e a Polónia a medalha de prata no masculino.

Aí estão os Jogos Olímpicos de Paris

Paris volta a receber, 100 anos depois, os Jogos Olímpicos. Ontem decorreu a cerimónia de abertura e hoje começam os torneios de voleibol e de voleibol de praia. Este ano, com a transmissão completa da Eurosport e da Max, podemos escolher o que acompanhar em direto na TV, não ficando dependentes da seleção da RTP2. Os resultados do voleibol e do voleibol de praia podem ser seguidos aqui.

França vence VNL 2024

A França superou na final, disputada na Polónia, o Japão, por 3-1 e venceu a Liga masculina das Nações (VNL) pela 2.a vez. O distribuidor francês, Antoine Brizard, foi considerado o jogador mais valioso desta fase final. Em 3. o lugar ficou a Polónia, ao vencer a Eslovénia, a 1.a classificada na fase preliminar, por 3-0. O jogo da semifinal entre a Polónia e a França foi espetacular, terminando com um 18-16 na negra. Brasil e Itália caíram logo nos quartos de final frente a Polónia (1-3) e a França (2-3), respetivamente.

Na fase final da Liga feminina das Nações, disputada na Tailândia, no fim de semana anterior, a Itália superou a concorrência, vencendo na final o Japão (3-1). A Polónia arrecadou a medalha de bronze ao vencer o Brasil, por 3-2.

Portugal triunfa na final da Silver League, com reviravolta

Depois de perder, na 1.ª mão da final da Silver League, disputada em Santo Tirso, por 0-3, e com parciais muito desequilibrados (nem vale a pena lembrar), a seleção feminina de Portugal operou uma verdadeira reviravolta na 2.ª mão em solo finlandês, vencendo por 1-3 (25-21, 22-25, 23-25 e 24-26). Desta forma, a final tinha de ser decidida num set de ouro, que acabaria por pender para a seleção portuguesa por 21-23. Este êxito da seleção feminina de Portugal reflete o bom trabalho que os clubes estão a fazer e o nível competitivo alcançado no campeonato principal de voleibol feminino. Parabéns às atletas e a toda a equipa técnica, na pessoa do selecionador Hugo Silva e da qual faz parte o meu velho conhecido Filipe Vitó, por este grandioso feito. Portugal na próxima temporada estará na Golden League, um desafio incrível para uma seleção feminina tão jovem.